Carta aos Estudantes do Interior

Estamos vivendo um momento em que a greve das instituições federais de ensino superior (IFES) já se tornou a maior greve nacional dos últimos anos, com 97% de adesão, nesse momento já são 57 universidades federais em greve. Toda essa grande mobilização vem gerando uma enorme força em todo país pela defesa da educação pública, de qualidade e gratuita, uma greve que é um grande reflexo da forma como a educação vem sendo tratada e uma resposta aos projetos que precarizam ainda mais a universidade, como o REUNI e mais recentemente no novo Plano Nacional da Educação, uma grande compilação de metas que transformam a universidade em um escolões, sem garantia de qualidade e condições de estudo e trabalho.

Nesse momento se faz ainda mais importante a unidade dos estudantes, para fortalecer a greve, juntamente aos técnicos e professores. Estamos vendo se desenhar hoje em todo Brasil a iniciativa de formação de comandos unificados das categorias em greve, iniciativa que há anos se tentava e não se conseguia. Esses comandos representam o acumulo das discussões e pautas votadas pelo conjunto do movimento enquanto reivindicações para pressionar o governo a negociar e a dar uma resposta aos grevistas.

Na UFAL, o comando de mobilização estudantil, configurado na 1ª Assembléia pós-greve, não tem enxergado essa iniciativa da gestão Correnteza, com uma postura pouco participativa nas atividades de greve. A atitude, por exemplo, de não deixar claro aos campi do interior que o chamado feito era para uma Assembléia Unificada e lançar a informação nas vésperas da Assembléia Geral, de que haveriam reuniões descentralizadas, em nada contribui para a força do movimento.

Achamos muito importante a articulação dos campi e que entendemos as dificuldades tanto da locomoção quanto da articulação para fazer uma Assembléia Unificada e estamos dispostos a ajudar a sanar essas dificuldades. Entendemos também que os polos do interior são os que mais sentem na pele toda a precarização da educação de conjunto que vêm dando o impulso para essa grande greve, e que entendem mais do que ninguém o quanto a expansão da universidade é importante, mas que ela tem que ser feita com responsabilidade, com financiamento e condições de trabalho e que esses fatores só aumentam a importância de estarmos juntos nessa luta.

Por isso consideramos de extrema importância o esforço para uma Assembléia Geral dos Estudantes da UFAL e cobramos o compromisso da gestão correnteza nessa construção. O ataque que é feito a educação de conjunto é cotidiano, organizado, sistemático e muito unificado. É assim que o governo precariza dia após dias as universidades. Portanto, é de conjunto que precisamos dar nossa resposta, sem pulverizar nossas lutas e nos fortalecendo a cada dia para dizer que não vamos aceitar mais ataques.

Finalizamos essa carta com um grande chamado a construção de uma ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES, NO DIA 31/07, tal como deliberado na Assembléia do dia 10/07, além disso reforçamos o convite para que todos os estudantes se façam presentes nas reuniões do Comando de Mobilização Estudantil, que ocorrem nas segundas-feiras, as 10hs, na Tenda Cultural da UFAL. Na reunião dessa semana será discutido, além de outros pontos, os acréscimos que os estudantes querem fazer na pauta local da UFAL para a Audiência Pública com a Reitoria, que tem o indicativo de ocorrer dia 18/07. Esse é um momento de somar as lutas e não dividi-las.

This entry was posted on quarta-feira, 8 de agosto de 2012 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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